O União Brasil vai receber nos próximos dias a filiação de cerca de 50 prefeitos no Amazonas. Alguns saem das asas do senador Eduardo Braga, principalmente, para se juntarem ao governador Wilson Lima. De certa forma, também fecham o espaço no interior para o líder das pesquisas, o ex-governador Amazonino Mendes.
Tirar votos de Amazonino não é tarefa fácil, mas os prefeitos, ao ingressarem no UB, ganham a chave da porta da esperança para seduzir e encantar o eleitorado.
Amazonino e Eduardo Braga subestimaram até aqui a capacidade do governador de se articular, de formar time, de ocupar um espaço que os dois principais competidores deixaram aberto. Por trás desse inesperado dinamismo de Wilson, o efeito de uma magia conhecida…que o fez assumir a postura que o cargo exigia…
Estático, emparedado pelas disputas intestinas no PSDB e pela rejeição do União Brasil, Amazonino precisa urgentemente recuperar o fôlego que parece estar perdendo. Braga também perde importantes aliados no interior, onde se concentrava a maioria dos eleitores que votaram nele nas eleições de 2018.
Apesar do elemento mágico nessa guinada do governador, ele assume protagonismo menos pelos seus méritos e mais pela falta de articulação politica de Eduardo e Amazonino.
Como isso vai terminar? É muito cedo para dizer. Mas se Amazonino não definir logo um partido que agregue outros grupos políticos em federação, numa somatória de esforços inclusive para disponibilizar farta fatia do fundo eleitoral e fundo partidário(para ser usada na eleição), pode ver seu projeto de conquistar o governo seriamente comprometido.
Eduardo também não formou time. O aceno de Silas Câmara (Republicanos) para ele, chamando-o de “meu governador” era só uma encenação do pastor deputado, atrás de quem lhe oferecesse um dízimo maior.
FONTE: PORTAL DO HOLANDA