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Começa julgamento de homem que matou a pauladas a ex-mulher na frente da família

Após três anos do dia em que matou Aline Pâmela Teixeira, que tinha 26 anos,  o borracheiro Douglas Ricardo Silva Costa, 26, está sendo julgado por Júri Populare tentativa de feminicídio da mãe dela, Vane Corrêa Machado, 41, no Fórum Ministro Henoch Reis, zona Centro-Sul de Manaus.

O Crime aconteceu em agosto de 2019, na comunidade Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, bairro Cidade Nova, na Zona Norte de Manaus, quando Ricardo invadiu a casa dos pais de Aline, e na frente deles dos dois filhos, matou a pauladas a companheira. Aline tinha feito seis boletins de ocorrência contra o réu antes de ser morta.

Antes de entrar no recesso do almoço, quatro testemunhas de acusação, deram seu depoimento, entre elas a mãe de Aline, que também foi agredida e a filha do casal, que na época tinha oito anos. Somente a mãe do acusado prestou depoimento em defesa de Douglas, que também contou sua versão do que teria acontecido.

Ao ser indagado o motivo das agressões, ele alegou que iria bater no cachorro, mas acabou acertando Aline e que também, não lembrava de quantas pauladas havia dado na mulher. A declaração gerou revolta na família de Aline Pâmela.

“Me deu vontade de gritar, que era mentira. Apesar de eu tentar esquecer o que vi, eu não consigo. Eu vi o estado que a minha sobrinha ficou. Nós queremos Justiça, que esse homem fique o resto da vida na cadeia”, disse a tia Vanuza Machuado, 50, em meio as lágrimas.

“Lembrança de terror”

Ainda segundo a tia, o filho que na época tinha dois anos de idade e presenciou o crime, conta em detalhes tudo o que aconteceu no dia, e que a família ficou totalmente abalada com o ocorrido.

“A irmã dele que ligou pro meu marido e eu fui a primeira pessoa a chagar na casa após o crime, por morar na mesma rua. Minha irmã (Vane) pedia para eu ajudar Aline, mas eu vi que tinha massa encefálica saindo, que não tinha como eu ajudar”, disse às lágrimas ao lembrar dk dia.

A família de Aline recebe apoio de vários grupos que combatem o feminicídio, como Articulação das Mulheres do Amazonas (AMA), Articulação das Mulheres Nacional (Aman), Associação das Donas de Casa do Estado do Amazonas (Adiseia), União Brasileira de Mulheres (UBM), Levante Feminista Contra o Feminicídio e Instituto Casa Tereza.

Para a embromação do Fórum Permanente das Mulheres de Manaus, Luzanira da Silva, 52, o caso é reflexo da falta de políticas públicas a segurança da mulher. “As redes nos âmbitos nacionais, estaduais e municipais precisam funcionar para inibir esse tipo de crime. A criação das crianças também, para que o menino, o jovem entenda, que a mulher não é uma posse dele, ela é livre”, finalizou.

O julgamento deve ser retomado na tarde desta quarta-feira, com a sustentação da tese de acusação do Ministério Público do Amazonas e também da de defesa, em seguida, o Júri se reúne para enfim, dar a sentença.

FONTE: ACRITICA

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