desde o início da operação terrestre, segundo o Exército.
O chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, cujo país se opõe a um cessar-fogo por considerar que beneficiaria o Hamas, destacou no domingo o “compromisso dos Estados Unidos com a entrega de ajuda humanitária vital” a Gaza, durante uma visita a Ramallah, na Cisjordânia, ocupada por Israel desde 1967.
Mais de 150 palestinos morreram neste território atingidos por tiros de soldados ou de colonos israelenses desde 7 de outubro, segundo a Autoridade Palestina.
Nesta segunda-feira, um palestino foi morto em Jerusalém Oriental, anexada por Israel, depois de esfaquear duas militares – uma delas ficou gravemente ferida e outra sofreu ferimentos leves.
O Exército israelense também anunciou nesta segunda-feira a detenção da famosa ativista palestina Ahed Tamimi, de 22 anos, acusada de incitação ao terrorismo, algo que a mãe da jovem nega de maneira enfática.
O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, afirmou no domingo, que seu país está “trabalhando nos bastidores” com aliados regionais para tentar garantir um fluxo ininterrupto de ajuda humanitária.
Erdogan cortou os contatos com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e retirou o embaixador de Ancara em Israel. Também decidiu não ter uma reunião com Blinken, que se encontrou com o chanceler turco, Hakan Fidan.
A guerra transformou bairros inteiros da Faixa de Gaza em campos de ruínas e provocou o deslocamento de 1,5 milhão de pessoas dentro do território, segundo a ONU.
“A situação é muito difícil. Não há pão, água, nada, nem mesmo água salgada. Vimos cadáveres (na estrada), as crianças ficaram muito assustadas”, afirmou Zakaria Akel, que fugiu com a família para o sul, perto da fronteira com o Egito, onde centenas de milhares de pessoas vivem em condições muito precárias.
A fronteira foi aberta parcialmente em 21 de outubro para permitir a entrada de caminhões de ajuda humanitária pela passagem de Rafah.
Um total de 451 caminhões passaram pela fronteira até sábado, segundo a ONU. O rei da Jordânia anunciou o lançamento nesta segunda-feira pela Força Aérea do país de ajuda médica de emergência em Gaza, destinada a um hospital de campanha jordaniano.
Outro foco de tensão é a fronteira norte de Israel com o Líbano, onde as trocas de tiros entre o Exército israelense e o Hezbollah – aliado do Hamas e apoiado pelo Irã – provocam o temor de uma ampliação do conflito.
Desde 7 de outubro, 81 pessoas morreram no lado libanês, segundo um balanço da AFP, incluindo 59 combatentes do Hezbollah. Seis soldados e dois civis morreram no lado israelense.
Fonte: ACRÍTICA