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Escola é alvo de ameaças de massacre na Zona Norte de Manaus

Pais de estudantes se mobilizaram, manhã desta segunda-feira (3), em frente à Escola Municipal Professor Sérgio Augusto Pará Bittencourt, localizada na Rua do Amor, 29, bairro Novo Israel, Zona Norte de Manaus. A concentração se deu após um perfil nas redes sociais divulgar plano de um possível massacre na unidade escolar.

Nas imagens repercutidas na internet, o dono do perfil afirma estar sofrendo bullying e destaca que o suposto massacre será semelhante ao que aconteceu na Escola Thomázia Montoro, em São Paulo, onde uma professora de 71 anos foi morta a facadas e outras cinco pessoas ficaram feridas.

A dona de casa Nubiane Oliveira, mãe do estudante de 11 anos, contou à reportagem que não seu filho que não é de hoje que a escola carece de segurança.

“Meu filho estuda aqui e já me contou que presenciou um furto de celular meses atrás. Haviam suspeitado dele, mas após a gente cobrar revisão nas câmeras, viram que não tinha sido ele que tinha furtado. Falaram até de expulsão. Mas nada foi feito. Não tem segurança aqui. A gente espera que seja tomado alguma providência”, declarou Oliveira.

Leudiane Silva foi outra mãe que não deixou sua filha da 6ª série entrar na escola após ver as ameaças do sinistro.

“Não acho certo minha filha está no meio de toda essa situação. Toda dia ela chega em casa falando que tem briga na escola, dizendo que não quer ir mais para esse colégio. A gente quer saber quem está por trás disso. Precisamos de uma resposta. Não tem segurança aqui. É um entre e sai, não revistam ninguém. Qual é a garantia que tenho de deixar minha filha aqui e ela voltar viva pra casa? Deixo minha filha aqui e não sei se ela vai voltar viva. Será que vão querer fazer algo quando acontecer alguma tragédia?”, desacatou a mãe da estudante de 11 anos.As ameaças foram espalhadas por apps de conversa (Foto: Márcio Silva)

As ameaças foram espalhadas por apps de conversa (Foto: Márcio Silva)

 Investigação

 Em nota, a Secretaria Municipal de Educação (Semed), informou que está apurando o caso.

“A ameaça se deu, por meio das redes socais, que é administrada por um grupo de alunos, os quais já estão sendo identificados para a comunicação do ocorrido aos pais ou responsáveis”, comunicou.

A Semed informou ainda que assim que ficou sabendo da situação, a gestora da unidade fez um Boletim de Ocorrência (BO) na Delegacia Especializada em Crimes Cibernéticos, para que a página seja retirada do ar.

O órgão destacou que as aulas seguem normalmente na unidade escolar que conta com monitoramento de policiais militares.

“Para garantir a segurança da comunidade escolar, a Polícia Militar (PM) passará o dia na escola, assim como o Centro de Operações em Segurança Escolar (COSE). As aulas seguem normalmente”, acrescentou.

 Órgãos em monitoramento

 O deputado estadual João Luiz (Republicanos), presidente da Comissão de Promoção ao Desporto e Defesa dos Direitos das Crianças, Adolescentes e Jovens da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), também esteve na escola e conversou com os gestores da unidade.

Não é a primeira vez que casos em que ameaças são feitas em escolas do Amazonas. O parlamentar contou à imprensa que está sendo realizado um trabalho em parceria com a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) para identificar os suspeitos e se, constatado a autoria, punição do respectivo crime.

“É preciso ser feito um diálogo em todas partes. Não poderíamos deixar essa situação. Estamos trabalhando em parceria com a Delegacia Geral indo até as escolas. Estes aplicativos já estão sendo monitorados, onde encontrarão os administradores desses aplicativos. É crime praticar bullying, é crime difamar as pessoas nas redes sociais. Os administradores dessas escolas podem ser punidos, podem responder por esse crime”, comunicou o deputado.

FONTE: ACRITICA

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