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Henrique Oliveira e ex-esposa repassaram R$ 1,5 milhão do Fundão à agência de publicidade, diz PF

A ex-candidata a deputada federal Adriana Mendonça (PROS) é um dos alvos da Operação Amor Fantasma, deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta quarta-feira (30/11) destinada a repressão de possível crime de Caixa 2 eleitoral, art. 350 e art. 354-A, todos da Lei 4.737/1965 (Código Eleitoral).

Conforme apurado pela Polícia Federal, Adriana recebeu alta quantia em dinheiro do partido, referente ao Fundo Eleitoral, chamado de Fundão, aproximadamente R$ 1,5 milhão, o qual foi repassado a tais empresas.

Ainda segundo a PF, foram apreendidos os celulares dos envolvidos, computadores e documentos. O cumprimento dos mandados de busca e apreensão visa identificar a prática delituosa, bem como angariar outros elementos indicativos de autoria e materialidade.

Em setembro deste ano, o Comitê Amazonas de Combate à Corrupção encaminhou, à Procuradora Regional Eleitoral Catarina Mendes Sales, denúncia contra Adriana Mendonça, Henrique Oliveira e o presidente do Partido Republicano da Ordem Social (PROS), Edward Malta, por uso indevido do Fundo Especial de Financiamento Eleitoral. O Comitê recebeu cópia, do jornal Estado de São Paulo, informando que a candidata recebeu R$ 3 milhões do Fundo Especial de Financiamento de Campanha. Com esse repasse de recursos públicos, a referida candidata tornou-se a líder nacional em repasses do Pros.

Conforme os documentos, do total de R$ 3 milhões, R$ 1,5 milhão foi repassado para um grupo empresarial do qual fazem parte a Digital Comunicação a X Press Serviços de Comunicação Multimídia Ltda e a 7 Comunicação e Serviços Empresariais Ltda. Os proprietários são Antônio Fernandes Barros Júnior, que recebeu R$ 1,25 milhão, além de Carlos de Carli Filho e Katarine Ribeiro.

Antônio Fernandes Barros Júnior também tem relações comerciais com Alessandro Bronze. Este, por sua vez, foi candidato a vice-prefeito de Manaus em 2016, justamente na chapa de Henrique Oliveira. Além disso, Bronze é considerado um dos maiores lobistas do Amazonas.

Segundo a direção do Comitê, por essas razões, os recursos públicos destinados ao financiamento de campanhas de mulheres, conforme a notícia, não têm recebido a destinação adequada e tem sido usados para arcar com custos de campanhas dos candidatos homens, como afirma o presidente do PROS do Amazonas, Edward Malta, contrariando o § 8º do artigo 17 da Constituição Federal que define que o montante do Fundo Especial de Financiamento de Campanha e da parcela do Fundo Partidário destinada a campanhas eleitorais, deverão ser de no mínimo 30% (trinta por cento), proporcional ao número de candidatas.

No final do documento, o Comitê pediu apreciação da demanda posta para possíveis ações judiciais, aplicadas conforme legislação eleitoral em vigor no país.

FONTE: AM POST

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