Quinze cooperativas médicas decidiram manter a redução temporária dos serviços não urgentes na rede pública estadual de saúde. A medida segue sem previsão de encerramento e foi anunciada em novo comunicado enviado pela categoria ao Conselho Regional de Medicina do Amazonas (CRM-AM).
A mobilização, que iniciou na última sexta-feira (1º), é um protesto contra os salários atrasados. Profissionais solicitam o pagamento dos débitos em atraso referentes aos anos de 2021 e 2022, assim como dos meses de agosto, setembro e outubro deste ano.
“Este grupo de médicos manterá o firme compromisso, mesmo com extremo sacrifício pessoal, de sustentar o atendimento de urgência e emergência para os cidadãos, porém não seremos conviventes com tamanho descaso; não aceitaremos passivamente idosos em macas de corredor, doentes agravando por falta de exames e medicamentos, assim como material cirúrgico inapropriado”, diz trecho do novo comunicado.
Na nota, a categoria reitera que está aberta ao diálogo, buscando a normalização mais breve possível do atendimento prestado à população.
Além dos salários dos profissionais de saúde, os médicos cobram ações da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) frente à superlotação de pacientes nas Unidades de Urgência e Emergência, desabastecimento de medicamentos e insumos diversos, alimentação ofertada aos pacientes e acompanhantes nos hospitais e prontos-socorros e equipamento de hemodinâmica inoperante no Hospital Francisca Mendes. “É nossa obrigação ética expor esta situação dramática e lutar por condições adequadas ao exercício da medicina”.
Dentre as empresas que reduzirão os serviços prestados estão: Instituto de Traumato Ortopedia (ITO-AM); Clínica Neurocirúrgica do Amazonas (CNA); Sociedade de Pediatria Clínica (COOAP); Sociedade Dos Pediatras (Cooped); Instituto Médico de Clínica e Pediatria (IMED); Instituto de Cirurgia do Estado do Amazonas (ICEA);Anestesiologistas Associados do Amazonas (AAA); Cooperativa de Clínica Médica (Cooperclim); Cooperativa de Neonatologia (Coopaneo); Instituto de Ginecologia e Obstetrícia (Igoam); Instituto de Neurocirurgia Endovascular (Neuroendo); Eletrofisio; União Vascular de Serviços Médicos (Univasc); Sociedade Amazonense de Patologias Pediátricas (SAPP); e Cooperativa de Intensivistas (Coopati).
Em nota, a SES-AM informou que “trabalha para buscar soluções e equacionar a questão dos pagamentos às empresas prestadoras de serviço o mais breve possível” e “que todos os serviços de urgência e emergência das unidades de saúde do Estado seguem mantidos”.
FONTE: TODA HORA